domingo, 8 de novembro de 2009
TENHAM VERGONHA NA CARA... O FC PORTO NÃO É ISTO
Marítimo 1- Porto 0
Décima jornada da Liga Sagres
Estádio dos Barreiros
FC PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves «cap.» e Alvaro Pereira; Fernando, Guarín e Raul Meireles; Hulk, Falcao e Rodriguez
Substituições: Guarín por Mariano (46m), Rodríguez por Farías (61m) e Sapunaru por Tomás Costa (75m)
Pequenas notas
Destaques positivos
.Bruno Alves
.Marítimo
.Resultado lisonjeiro para a exibição feita
Destaques negativos
.Toda a restantes equipa do FC PORTO.
.Jesualdo Ferreira
. ( não ) reacção do Porto
O Jogo
Uma miséria colectiva de que não há memória.
Uma vergonha: uma equipa sem fio de jogo, uma equipa sem ideias, uma equipa que não consegue fazer três passes seguidos, uma equipa que não cria uma oportunidade com pés e cabeça, uma equipa não, um conjunto de jogadores que, exceptuando Bruno Alves, não tiveram carácter, nem raça, nem humildade e a dedicação que deve ter um jogador à Porto!
Um primeiro tempo penoso. A pior primeira parte que me lembro ver neste FC PORTO de Jesualdo. Nem atacávamos nem defendíamos. Era o "Deus nos acuda" que não sabemos o que estamos em fazer em campo.
O professor repetiu o onze de quarta-feira mas, a atitude e postura, essa tinha ficado no Chipre. O FCPORTO para não variar, entrou relaxado e confiante na sua teórica supremacia. Cedo se percebera que, com esta atitude e com os médios muito dotados do Marítimo, a equipa local não iria desperdiçar a oportunidade; dominou e controlou o jogo a seu belo prazer.
Perante um FC PORTO irreconhecível o Marítimo controlava as investidas forasteiras e, frequentemente, criava jogadas bonitas e oportunidades claras de golo.
Perante este cenário o Marítimo chegou ao golo através de ... Rolando, na própria baliza.
O Marítimo foi rei e senhor do jogo e o resultado pecou por escasso ao intervalo.
Para a etapa complementar Jesualdo lançou Mariano e retirou Guarín. Resultados, nenhuns. Se houve puxão de orelhas ao intervalo, ele não se notou. O conjunto de jogadores que o Porto tinha em campo continuava apático, sem ideias, sem uma filosofia de jogo que não fosse bola para a frente e fé em Deus.
O Marítimo não recuou e o jogo continuava na mesma toada, ou seja, Porto a ver jogar.
A meio do segundo tempo Jesualdo lança Farías e retira Rodriguez. Tardiamente Jesualdo resolve colocar em campo o sistema de jogo que tem sido o balão de oxigénio deste FCPORTO, com a dupla Falcao e Farías na frente.
Resultados desta substituição, nenhuns. Porquê? Porque a bola continuava a não chegar à frente. Porque o meio campo não funcionava. Porque os alas, Hulk e Mariano, decidiram ir embora a meio da partida. Porque a única forma de os avançados "cheirarem" a bola era disputarem os balões consecutivos que chegavam perto deles.
Apenas e já depois do minuto 80 o Porto conseguiu ter uma oportunidade de golo com Falcao a desperdiçar na cara de Peçanha. Lance egoísta do colombiano que tinha Tecla ao seu lado pronto a encostar. Uma oportunidade muito consentida e, nada que o FCPORTO merecesse pelo que estava a produzir.
Até ao fim foi o habitual "chuveirinho" com Bruno Alves na frente. Falcao e Farías poderiam ter feito o empate mas o resultado estava feito.
Derrota justíssima e resultado bastante lisonjeiro para tamanha vergonha exibicional.
Algumas perguntas ao professor:
.Belluschi? Que é feito dele?
.Gostou da primeira parte? Não? Então porque demorou tanto a "tentar" mudar o rumo dos acontecimentos? Tanta tempo a colocar Farías porquê?
.Porque retirou Rodriguez? Porque não saiu Hulk nesta substituição? O uruguaio apesar de estar longe da melhor forma estava bem melhor do que o incrível, que se escondeu do jogo. Hulk é intocável não é?
.Como explica que este FCPORTO não tenha uma jogada de perigo? Porque é que perdemos todas as segundas bolas? Porque é que o nosso meio campo está a milhas dos atacantes?
.Porque é que todos os lances de bola parada vão parar ao Bruno Alves? Não se torna previsível?
. Muitas mais haveriam.
Eu, por enquanto, não peço "a cabeça" do professor mas uma coisa é certa, o seu espaço de manobra ficou muito curto e, no FCPORTO, não deixamos chegar ao estado do rival Sporting.
Os Jogadores
Helton- Esteve bem. Sem erros. Assustou no aquecimento mas quis jogar. Lesionou-se a meio do jogo mas quis jogar e não quis queimar uma substituição. A quem quer jogar, só temos que agradecer a dedicação.
Sapunaru- Uma das minas de ouro que o Marítimo e Djalma tão bem soube explorar. Péssimo a defender, permitiu variadíssimos rasgos pelo seu lado. Apenas nos primeiros minutos tentou o ataque mas sem êxito.
Rolando- Dos piores em campo. Para além do seu auto-golo (que já vem sendo habitual), teve muitos problemas com o rapidíssimo Baba. Para além de não acertar com a sua marcação, nunca se dispôs a dobrar e a ajudar Sapunaru. Muito desconcentrado. Com tanta altura faz confusão como é que é completamente inofensivo nos lances ofensivos de bola parada.
Bruno Alves- O melhor do FCPORTO. Não fez um grande jogo, não. Mas a atitude à Dragão esteve lá. Foi um verdadeiro capitão do FCPORTO. Deu o exemplo e deixou tudo em campo. Tentou sempre acordar a equipa com berros e chamadas de atenção que devem acontecer. Como já vem sendo habitual, ainda fez uma "perninha no ataque".
Álvaro Pereira- Uma lástima. Nem atacou nem defendeu. Esteve ausente do jogo. Estes meninos que não brinquem com o FCPORTO. Lá porque vem aí a selecção há que correr e deixar tudo em campo nos jogos do clube que LHE PAGA! Que esta atitude pouca digna não passe impune.
Fernando- Bem se esforçou. Mas tudo lhe correu mal. Inúmeras perdas de bola, maus passes e um Bruno e um Marcinho com toda a liberdade para construir no último terço de jogo. Não conseguiu suster tanta ofensividade do Marítimo e quando tinha a bola não tinha linhas de passe.
A culpa não é dele.
Guarín- Pronto! Está queimado. Certamente que não voltará tão cedo à equipa. Jesualdo retirou-o ao intervalo mais uma vez, fazendo do colombiano o bode expiatório de tanta miséria produtiva. Não me pareceu assim tão mal. Foi dos poucos que ainda tentou assumir o jogo e transportar a bola para a frente. Defensivamente não conseguiu acompanhar o lateral nem o interior do Marítimo. Algo cansado depois do jogão no Chipre.
Meireles- Noventa minutos em campo sem um único passe de registo,sem um remate, sem um corte. Onde está Meireles? Perdido em campo. Não sabe o que fazer nem onde se colocar. O guerreiro está cansado mas isso não explica tudo. Prefiro não pensar que também já está com a cabeça no Play-off.
Hulk- O pior em campo. Já o disse, desde que foi convocado para a canarinha que se transformou no Hulk antigo. No Hulk que não passa a bola. Lembro-me de uma jogada na primeira parte de 3 contra 2 e tentou furar pelos dois do Marítimo. Assim não dá. Não há quem o chame a atenção? Na segunda parte escondeu-se do jogo. Esquivou-se de responsabilidades. Tens muito que crescer.
Rodriguez- Tentou. Tentou por diversas vezes carregar o Porto às costas. Mas era sempre o uruguaio contra muitos e não havia qualquer ajuda. Pereira estava mais preocupado com os Play-offs. A atitude pareceu-me a correcta, não fez mais porque não conseguiu. Mostrou-se sempre disponível para receber a bola.
Falcao- Lutou muito. Mas era uma ilha lá na frente. Jogou sempre muito longe e de costas para a baliza. Sempre que conseguia receber a bola era parado em falta. Teve duas oportunidades claras já no termo da partida que não se podem falhar. O Falcao de à uns tempos não falhava.
Mariano- Quem? Jogou? É impressionante mas o argentino jogou mesmo, 45 minutos de figura presente.
Farías- Tecla entrou determinado mas as bolas não chegavam à frente como mandam as regras. Teve uma oportunidade que não costuma falhar. Desta vez não salvou o treinador. Entrou tão tarde...
Tomás Costa- Muito voluntarioso como sempre mas pouca clarividência. Já não alterava nada.
Outras Notas
.Os parabéns ao Marítimo. Futebol muito vistoso e bonito. Sem medos, Van Der Gaag jogou olhos nos olhos com o Tetracampeão (?) e foi premiado pelo arrojo.
A jogar num 4-3-3 bem definido e com 2 médios muito criativos, Marcinho e Bruno, este Marítimo promete. Belo exemplo de que não é preciso autocarro para criar dificuldades a este Porto. Pelos vistos, agora qualquer coisa basta para o efeito. Mas, mesmo assim destacar o desportivismo dos insulares que não recorreram ao autocarro nem ao anti-jogo.
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